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Senna: o nascimento de um herói brasileiro

Carmen Rial (UFSC/INCT Futebol)

No texto a seguir [1], a autora reflete sobre a morte de Ayrton Senna e sobre os significados que ela carrega para o entendimento do sentimento nacional no Brasil.

A morte de Senna representou um acontecimento marcante na vida de milhões de brasileiros(as). Imagem: Wikimedia Commons [2]
A morte de Senna representou um acontecimento marcante na vida de milhões de brasileiros(as). Imagem: Wikimedia Commons [2]

Para o meu irmão, Fernando,

que tudo sabe de Fórmula 1 


A morte de Senna, na pista de Ímola, nos fornece pistas para refletir sobre alguns temas significativos. O primeiro deles, evidente, é o que relaciona Senna ao sentimento nacional. A nação moderna não pode ser tomada como a soma de indivíduos, ela é um “indivíduo coletivo”. Ela apresenta-se como algo autônomo, independente dos indivíduos que a compõem. E, por isso, permite que a identifiquemos com um indivíduo real, com seus atributos, sua personalidade. Pensar nos atributos do indivíduo eleito para ser emblema da nação (Abreu, 1994), como foi o caso de Senna, pode nos ajudar a entender como a nacionalidade foi representada no momento.


Senna era a certeza de um reconhecimento público, mundial, de nossa competência enquanto brasileiros. Para mim, Senna já era signo de Brasil bem antes de sua morte. Durante os anos em que vivi em Paris, a vitória de Senna era a única chance de ler “Brasil” nas manchetes dos jornais. Isso porque nosso país, que tanto encantou os franceses nos anos 1960 e 1970, esteve ausente por completo da mídia nos anos 1980 e 1990, mais interessada nos movimentos do Leste Europeu e da Ásia do que na América Latina. A vitória de Senna nas pistas no domingo era a chance de ouvir o hino nacional na TV francesa, no momento do podium, e implicava uma confraternização telefônica com a extensa rede de estudantes brasileiros na cidade. Ela trazia a certeza de que o Brasil estaria na contracapa do Libération na manhã seguinte, recebendo loas do nosso jornal preferido, em um estilo literário incomparavelmente mais sutil e arguto do que o palavreado repetitivo de jornalistas esportivos especializados. Significava, além disso, que o padeiro da esquina não se limitaria ao seu “bonjour, mademoiselle” de sempre e faria algum comentário (“le brésilien, anh, ulalá”).


Vitorioso, no volante de um dos carros mais rápidos do mundo, ele desconcertava. Obrigava os europeus a pensar que o Brasil poderia ser admirado também pelo domínio da máquina, dos computadores. Era fácil nos situar enquanto o país do futebol, das mulatas e do carnaval. Isso me incomodava: só práticas ligadas ao corpo, ao prazer, nos mantendo num lugar paradisíaco. E, com isso, mantendo a sua posição superior, de adultos diante de crianças alegres e inconsequentes. Mais difícil era encontrar um lugar para um Brasil vitorioso numa competição onde o que está em jogo é a manipulação de um máximo de racionalidade – a engrenagem do motor, as subtilezas da informática, um cérebro incumbido de reger esse todo.


O país que Senna ostentava era o Brasil moderno, inebriado pela vertigem da velocidade. País de máximo da perícia técnica, economia de percurso, que buscava a teleologia da bandeira quadriculada para alcançar a glória da volta final. Era, ao mesmo tempo, o Brasil tropical imaginado e o Brasil pós-moderno. Corpo e razão não são díades irreconciliáveis no nosso país, e Senna dava mostras disso na pista, vencendo exatamente as competições em que o corpo era mais solicitado do que a máquina. Não se dizia que era perfeito na chuva, nas condições mais adversas? É preciso muito jogo de corpo para conciliar, como ele o fez, coisas tão irreconciliáveis como o cheiro da gasolina e as orações, a troca de pneus em segundos e a concentração mística, o diálogo com Deus e os debates políticos nas reuniões da Fórmula 1...


Essa teatralidade mística/nacional – os dois polos morais do seu discurso – unia as pessoas dando sentido à nação, a isso que Anderson (1983) chama de uma comunidade imaginaria. 


O Brasil se conectou em torno de Senna como se conecta em torno de poucos emblemas nacionais. De fato, os símbolos nacionais são uma presença recente no nosso país, que, durante muitas décadas, viveu a ambiguidade de se querer nacional de um lado e de se querer regional de outro. A história mostra isso. Se é verdade que o Império buscou a unificação, a centralização, a Primeira República foi descentralizadora: administrativa e simbolicamente. Tivemos um movimento nacionalista moderno, a Semana de 22. Mas, alguns anos mais tarde, em 1926, foram de novo as oligarquias locais que tiveram voz com o manifesto regionalista do intelectual Gilberto Freyre. Nunca é demais lembrar que a hegemonia do nacional no Brasil é recente, data do Estado Novo e foi imposta a fogo, literalmente – me refiro à cerimônia da queima das bandeiras regionais e hasteamento, em seu lugar, de 21 pavilhões nacionais, comandada por Getúlio Vargas, ao som do hino nacional regido por Villa Lobos (Oliven, 1994). 


A nação, esse indivíduo coletivo abstrato, precisa de caras, de rostos. A construção de um herói é a construção de um lugar de memória (Nora, 1984). Se faz isso com monumentos de bronze e se faz com homens – raramente com mulheres. É interessante observar a construção do seu mito. Morto, ele é quase santificado: Caruso desenha uma charge em que aparece como um Cristo crucificado em um protótipo da Williams. Dele se sabe a proximidade com Deus. Dele se contam milagres (histórias de visitas a doentes no hospital, de doações caridosas mantidas em segredo, de projetos educacionais). O processo de transformação em emblema nacional passa por um expurgo do que é mais humano e a sua consagração enquanto mártir, eleito por Deus. Senna não era um piloto comum, e isso ajuda a explicar a sua eleição como símbolo nacional.


Esse novo modelo de piloto, capaz de atitudes zen para com a sua profissão e declarações do tipo “quero expandir os meus limites, busco a perfeição” e “minha competição é comigo próprio, não com os outros” fugia totalmente ao perfil do esportista, geralmente um modelo de superficialidade. Algo estava errado, algo não era normal. A paixão pelo trabalho e não pelas mulheres levou à interpretação fácil de falta de virilidade: cria-se, assim, um paradoxo: o homem mais veloz do planeta, o que domina a máquina número 1, não era visto como totalmente homem, uma ambiguidade sexual que ajuda a aproximá-lo do sobre-humano.  


Não se pode dizer, porém, que Senna tenha sido um símbolo nacional erigido sob o auspício do governo. O Estado não fez construir um autódromo em cada centro urbano – como os militares fizeram usando o futebol e espalhando estádios monumentais em todo o lugar onde o partido político Arena quis se implantar.


A Rede Globo ajudou sim nessa construção do herói: lhe deu um hino – os acordes musicais que saudavam suas vitórias – e lhe deu um sobrenome: Ayrton Senna do Brasil. A televisão efetivamente importa. Mas daí a pensar que ela provocou essa comoção nacional, é uma explicação muito fácil. “O povo está nas ruas?” “Porque a rede Globo assim o quis.” E podemos dormir tranquilos, certos de que nenhuma verdade foi abalada. Estranhos intelectuais e jornalistas que permanecem de costas para a rua e vivem o Brasil apenas como negatividade. Poucos têm a humildade de Arnaldo Jabor, que, em uma coluna, reconheceu ter “perdido a festa”, não ter entendido, ou melhor, ter entendido muito tarde o significado da morte de Senna. Seria um reducionismo pensar que o povo brasileiro chorou a morte de Senna por causa da televisão. O que não significa diminuir o uso publicitário da imagem de Senna, como fez o Banco Nacional ou a Globo com um comercial institucional disfarçado antes do Jornal Nacional.


Creio que a importância da televisão, no caso, se localiza em um outro ponto, do qual a sociologia e a antropologia ainda não retiraram as implicações que poderiam. A Fórmula 1 hoje é um esporte televisivo por excelência. As câmeras são transportadas nos próprios automóveis. Cada piloto é um caçador de imagens e, sendo assim, Senna provavelmente filmou sua própria morte, numa sequência que foi mantida secreta até agora. Além disso, corre-se em um não lugar (Augé, 1992), numa pista que está em Tóquio ou no Rio, mas poderia estar nos confins da Austrália, e não haveria diferença. E, o que é uma novidade: corre-se para um público formado por telespectadores. Ao contrário de esportes mais “arcaicos” como o futebol e o vôlei, nas corridas, o torcedor é um quase ausente do espetáculo: alguns dos autódromos acolhem multidões, mas não se vê “ondas” nas arquibancadas, não se ouve gritos de incentivo durante as provas, e a torcida nunca pede a substituição de um piloto. O barulho dos motores abafa as manifestações humanas. Realiza-se, assim, o sonho da TV americana que, uma vez, propôs às equipes de basquete reembolsá-las com quantia equivalente ao que elas deixariam de lucrar, devido ao desaparecimento de seus torcedores dos estádios. Na Fórmula 1, nem mesmo no momento do podium, a imagem destaca a torcida: são os corredores que monopolizam a atenção das câmeras. Senna parecia compreender que a plateia estava do outro lado: repetidas vezes dirigiu o jato do champanhe para o olho da câmera, como se quisesse banhar a todos os telespectadores.


Assiste-se, assim, ao que Virilio (1993) chama de uma desregulamentação do espaço público em benefício da recepção a domicílio, a deserção do espaço público em favor da telepresença. A transmissão ao vivo, em cadeia planetária, ao mesmo tempo que multiplica por milhões o número de assistentes, desvaloriza a presença real das pessoas. Assistimos ao declínio do espaço público e dos seus numerosos equipamentos: teatros, grandes salas de espetáculo, estádios e outros lugares que necessitavam da presença efetiva – coletiva e simultânea – de um grande número de espectadores. A Fórmula 1 realiza, assim, a previsão de Virilio: um espéculo de estádios vazios, ocupados por painéis publicitários.


A morte de Senna nos leva também a refletir sobre outro tema: a morte e o modo como a expurgamos de nossas vidas. Sim, porque no Brasil estamos acostumados a nos livrar rapidamente dos corpos mortos, nossos velórios são curtos. Sob a alegação de que o calor poderia deteriorar o cadáver, nós tratamos de enterrar nossos entes queridos em menos de 24 horas, obedecendo a uma prescrição legal. Não é assim na França, onde um velório pode durar até uma semana, e não é assim em inúmeras outras sociedades. Nós chegamos até a afastar as crianças dos mortos. A morte de Senna, como antes a de Tancredo Neves, foi diferente, teve tempo para ser vivida. E esse é outro aspecto importante se quisermos entender o seu significado: sofremos plenamente a dor da perda, alguns sofreram mais do que com a perda de um parente, confessaram para as câmeras de TV.


Esse corpo, de Senna, que viajou por países, que foi transportado de um aeroporto a outro, mostrando até com a morte o quanto ficou pequeno o nosso planeta, esse corpo foi realmente velado. Tivemos tempo de chorá-lo. Amanhecemos no dia seguinte repensando o Brasil, pois, devemos reconhecer, a perda de um objeto amado implica em um voltar-se para si mesmo, um movimento narcisístico de autorreflexão.


Isso não quer dizer que tenha sido fácil aceitar essa morte. Senna morreu na pista, jovem e executando um trabalho [3]. Difícil pensar em uma morte que possa ter sido pior para os brasileiros nos anos recentes – e isso em um país em que morrem 50 mil jovens no trânsito todos os anos (1 a cada 15 minutos), que é campeão mundial em acidentes de trabalho, em que os números do feminicídio são assustadores, em que há um genocídio de jovens negros em curso... Como tão bem mostrava o antropólogo Thomas (1985, 1991), especialista em morte, toda sociedade elege o que considera “mortes boas” e “mortes más” – aquelas que são menos e mais sofridas pelos vivos. 


Nossa sociedade aceita como “boa”, como “natural” a morte dos velhos, dos que “viveram muito” – aí se diz: “ele descansou”. Noutras culturas, a morte na guerra de jovens, em plena saúde, é que é tida como “boa” (por exemplo, os que fazem a jihad, a guerra santa dos muçulmanos, ou os kamikazes japoneses). Senna morreu no auge de sua celebridade e juventude; pessoas assim, no Brasil, não morrem: não quebram o lado simbólico que nos une a elas. Foi assim com Elis Regina, cuja morte física encheu Porto Alegre de pichações metafísicas: “Elis vive”.


A morte de Senna pode ser lida também – e foi assim que parte do público a leu – como um sacrifício: uma oferenda, no caso, uma mensagem aos que controlam o mundo da Fórmula 1 – os dirigentes da Fisa, os patrocinadores – que, em busca de uma maior audiência, haviam feito crescer o risco nos circuitos. Quiseram aumentar a emoção do espéculo. Fazer valer de novo a capacidade humana num show que a precisão tecnológica tornara previsível. Mas acabaram gerando máquinas indirigíveis. Como em um sacrifício, a morte do piloto que mais se preocupava com isso parece propor um pacto: em troca do corpo, a volta da segurança nas pistas.


A morte “não boa”, o sacrifício involuntário, emocionou apaixonadamente milhões de torcedores que permaneciam silenciosos nos seus domicílios. Se viu celebrações na Itália, coroas de flores na Inglaterra, lágrimas no Japão e na Índia, e eu não me surpreenderia se ouvisse falar de homenagens no Sri Lanka, onde Elvis Presley, por exemplo, tem um numeroso fã-clube. Trata-se de uma morte global. Mas se viu sobretudo o nacionalismo, o “nascimento de uma nação” – como disse, com exagero, a irmã de Senna durante o enterro. Um nacionalismo que se expressa nas vitórias esportivas – foi assim na Copa de 1970 – que se expressa em manifestações políticas e na dor. O que há de particular, de brasileiro, nessa expressão? A alegria. O tom solene da passeata política deu lugar à festa. Agora, é o enterro que se transforma em festa. Mantém-se a dignidade, mas a rigidez na passagem do féretro dá lugar ao aplauso, ao aceno, à corrida ao lado do carro fúnebre. Em vez do minuto de silêncio, ouvimos o festivo “olé, olá, Senna a, Senna a” das arquibancadas dos estádios. Ao invés de discursos, vemos jogadores comemorando o gol da seleção com mímicas. Piadas foram feitas [4]. Um artista homenageia a outro com arte; no Brasil, com arte e manhã.


Como diz DaMatta (1994), o povo é generoso com os seus heróis. Ele acha que o povo também enviou uma mensagem. Algo como: “Se vocês – elite, políticos – forem como Senna, nós vamos chorar da mesma maneira por vocês”. Ele era consistente, competente, diz DaMatta. “Tudo o que nossas elites não demonstram ser. Ter orgulho dele é orgulhar-se do Brasil, amá-lo é amar o Brasil”. 


DaMatta sugere que ele corresponde à figura do “malandro” por vencer nas situações mais difíceis. De fato, como os brasileiros, Senna sabia os “jeitinhos”, tirar um proveito da pista que nenhum computador previa. Como foi o caso quando, numa manobra inédita, usou a passagem dos boxes para realizar uma ultrapassem, levando a Federação Internacional de Automobilismo a criar uma regra impondo um limite de velocidade nesse trecho. Mas isso é a marca do bom piloto, do que sabe ser competente no seu ofício, e não creio que seja esse o traço que fez de Senna um herói. Sua trajetória fora das pistas ajuda a construí-lo enquanto um herói, personagem mítico, capaz de suscitar muitas interpretações ao público. Ele se distingue dos outros pilotos na sua vida privada. Não passava suas folgas a bordo de iates luxuosos na costa de Mônaco, não era um playboy como a maioria dos seus colegas. Ao invés dos iates, a casa. Ao invés da Cote d'Azur, Angra dos Reis. Senna contrapõe a vertigem da velocidade nas pistas a um lugar de repouso, como diria Bachelard, de captação de energia e não de dispêndio, uma fortaleza de solidão, aos pés da montanha, isolada pelo mar, onde ele chega voando de helicóptero. Tal qual o super-homem, ele recupera forças, numa casa-caverna onde guarda seus brinquedos, pequenos milagres da tecnologia: o jet-ski, a lancha, o helicóptero.


O episódio da morte de Senna nos faz pensar também no que Maffesoli (1992) se refere como a transfiguração do político nas sociedades contemporâneas. Para ele, a vida social (nacional ou internacional) não repousa mais sobre a simples razão mecânica, sobre considerações geopolíticas ou econômicas, mas, explodindo com tudo isso, da origem a uma ordem outra, uma razão interna em que vale paixão, sentimento, razão não-instrumental. Desse modo, o “contrato social”, sobre o qual se erigiu a modernidade, dá lugar a solidariedades orgânicas feitas de atracões e repulsões, de identificações afetivas e de emoções compartilhadas. Ou seja, do lugar ao sentimento de pertencer – a um grupo, a um povo, a uma nação – de se fundir, na festa ou no funeral. De fato, o último parágrafo da Transfiguração do Político, que me permito citar, resume bem o espírito do Brasil nessa morte: “Mais do que uma união plena, uma união do projeto, a solidariedade que nasce é resultado de uma união em falta... uma comunhão de solidões que, pontualmente vivem a tragédia da fusão.”


1  Era para este texto ter sido publicado no dia 1 de maio, quando do aniversário da morte de Senna. Mas esqueci de enviar aos editores. Ele foi elaborado para apresentação na mesa redonda “A construção de heróis nacionais no imaginário brasileiro”, promovida pela Pós-Graduação em Sociologia Política e o curso de Sociologia da UFSC, em 1994, ano da morte de Ayrton Senna. Agradeço à Prof.ª Tamara Benakouche pelo convite para participar dessa mesa. Foi mantida aqui a redação original, incluindo apenas as notas de rodapé. Por isso, o seu tom coloquial. Agradeço a Adiléia Bernardo (1998) que escreveu longamente sobre Senna, e que levou adiante algumas das ideias daqui, acrescentando muitas (e melhores) outras.


2  Instituto Ayrton Senna/Flickr. CC BY 2.0.


3  Como bem observou a socióloga Luzinete Simões, sua morte foi um acidente de trabalho.


4 O Prof. Márcio B. S. de Oliveira (UFPR) relatou algumas piadas: “Se Senna sobrevivesse, ele também chegaria a ser tetra... tetraplégico” e “Senna chegando ao céu perguntou a São Pedro se Ratzenberger já estava lá. ‘Não’, respondeu São Pedro, ‘O corpo não foi liberado ainda’. E Senna, exultante: ‘Tchan, tchan, tchan...cheguei primeiro!’”



Referências:

ABREU, R. Emblemas da nacionalidade: o culto a Euclides da Cunha. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 9, n. 24, 1994.


ANDERSON, B. Imagined communities: reflections on the origin and spread of nationalism. Londres: Verso, 1983.


AUGÉ, Marc. Non-lieux: introduction à une anthropologie de la surmodernité. Paris: Seuil, 1992.


BERNARDO, A. A. Efeito Tamburello: um estudo antropológico sobre as imagens de/em Ayrton Senna. Dissertação (mestrado em Antropologia Social). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil, 1998.


DAMATTA, R. Entrevista. In: Revista Veja, São Paulo: Editora Abril, edição n. 1.349, 18 de maio de 1994, p. 14-17.


MAFFESOLI, M. La transfiguration du politique. Paris: Grasset, 1992.


NORA, P. Entre mémoire et histoire. In: Les lieux de mémoire. Paris: Gallimard, 1984.


OLIVEN, R. G. A parte e o todo: a diversidade cultural no Brasil nação. Rio de Janeiro: Revan, 1994.


THOMAS, L. Rites de mort: pour la paix des vivants. Paris: Fayard, 1985.


THOMAS, L. La mort en question: traces de mort, mort des traces. Paris: L’Harmattan, 1991.


VIRILIO, P. O espaço crítico. São Paulo: Editora 34, 1993.


Sobre a autora:

Carmen Rial é Professora Titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde atua no Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas e coordena o Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (Navi). É coordenadora-geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estudos do Futebol Brasileiro (INCT Futebol).


Como citar: RIAL, Carmen. Senna: o nascimento de um herói brasileiro. Bate-pronto, INCTFUTEBOL, Florianópolis, v. 2, n.18, 2025.


As reflexões que interconectam o INCT Futebol a outras práticas esportivas são uma forma interessante de pensarmos como elas se aproximam ou se distanciam do futebol. Se você gosta de realizar esse movimento, também terá interesse pelo nosso texto: O bocejo da jovem em Roland Garros: o que isso tem a ver com o tempo no esporte.



 
 
 

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