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Nós, pesquisadoras e pesquisadores, do INCT lamentamos profundamente a partida de José Ronaldo Fassheber, professor, antropólogo e referência na temática do Futebol Indígena.

As contribuições de Zé Ronaldo para o campo da antropologia esportiva e para o campo da etnologia brasileira são inúmeras. Destacamos aqui sua Tese de Doutorado "Etno Desporto indígena: Contribuições da antropologia social a partir da experiência entre os Kaingang", defendida no ano de 2006 na Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas.

Zé Ronaldo também foi aluno de Mestrado no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santana (1998). E atualmente era professor na Universidade Estadual do Paraná, afiliado à Associação Brasileira de Antropologia e integrante da linha "Futebol de mulheres, de indígenas, paraolímpico e LGBTQIA+" do INCT.

A amizade, o companheirismo e a alegria de Zé Ronaldo, bem como seu trabalho e sua dedicação à compreensão das práticas esportivas das comunidades indígenas serão sempre lembradas e referenciadas por nós, seus amigos(as), colegas, alunos(as) e admiradores(as).

Nota de Apoio à criação de ambiente destinado para crianças e jovens adultos com autismo, dificuldades de aprendizado ou outros tipos de dificuldades sensoriais

Nós, representantes do Instituto de Ciência e Tecnologia de Estudos do Futebol Brasileiro (INCT Fut) e pesquisadoras da área de futebol, vimos a público expressar entusiasmo com a Reunião Ampliada no âmbito Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência em conjunto com a Comissão de Educação, Cultura e Desporto, da Câmara Municipal de Florianópolis.

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Exaltamos a importância do debate e o incentivo imediato da implantação de ações que visem à inclusão de pessoas com deficiência e com outras dificuldades sensoriais nos estádios e arenas de futebol. Lembramos que, com base na legislação, há garantia do direito à acessibilidade, estando respaldada pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671/2003) e pela Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023).

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Portanto, perceber a mobilização das instituições públicas para cumprimento da legislação merece ser valorizado, e aqui indicamos nosso apoio a leis que garantam a inclusão das pessoas com deficiência nos estádios de futebol e em outros eventos esportivos. Dessa maneira, a diversidade pode ser reconhecida ao permitir que todas as pessoas tenham direito à diversão de maneira democrática e inclusiva.

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Reconhecemos a relevância do tema e incentivamos as ações que visem acabar com o preconceito, discriminação e exclusão social, garantindo uma sociedade mais justa e democrática na ocupação e uso dos espaços.

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Como Instituto de Ciência e Tecnologia de Estudos do Futebol Brasileiro, reiteramos nosso compromisso em contribuir para um futebol cada vez mais justo, ético e respeitoso com todos e todas.

 

 

Florianópolis, 26 de outubro de 2023.

Nota de Apoio à Jogadora de Futebol Jennifer Hermoso

 

Nós, representantes do Instituto de Ciência e Tecnologia Estudos do Futebol Brasileiro e pesquisadoras da área de futebol, viemos a público expressar nosso repúdio diante dos recentes acontecimentos após a conclusão da Copa do Mundo de Futebol Feminino. 

 

Condenamos veemente a conduta manifestada pelo presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Manuel Rubiales Béjar, ao beijar a futebolista da Seleção Espanhola, Jennifer Hermoso, durante a entrega de medalhas sem o consentimento prévio da jogadora. Repudiamos também o posicionamento assumido pela Federação Espanhola de Futebol ao declarar que punirá a atleta, demonstrando apoio ao  presidente.

 

Entendemos o ato de Rubiales como uma violência. A mesma violência sexual que nós mulheres viemos sofrendo cotidianamente e que agora se manifestou ao vivo, durante a premiação da Copa do Mundo no último dia 20 de agosto. 

 

Devido a essas circunstâncias inaceitáveis, as signatárias desta nota expressam sua indignação e inconformidade, ressaltando que tais atitudes contradizem os princípios éticos e morais que devem acompanhar uma liderança esportiva.

 

Hermoso, após declarado ainda em vestiário o não consentimento, vem recebendo apoio de diversos órgãos, tais como Liga Espanhola de Futebol Feminino, Conselho Superior de Esportes da Espanha, sindicato mundial de atletas de futebol (Fifpro), além de membros da comissão técnica e demais futebolistas da RFEF que anunciaram demissão ou se negaram a representar a entidade enquanto Rubiales permanecer no cargo.

 

Manifestamos nossa solidariedade e apoio a Jennifer Hermoso e nos juntamos às entidades descritas no repúdio às ações e declarações do presidente e da RFEF. Também exigimos a renúncia de Rubiales e que FIFA e RFEF apliquem penas exemplares. Por fim, destacamos a necessidade da Confederação Brasileira de Futebol, enquanto órgão máximo e regente da prática futebolística no país, manifestar desaprovação ao ato do Presidente da RFEF e em apoio à Hermoso, conforme outras entidades espanholas e internacionais já fizeram.

 

Reconhecemos a relevância de nosso papel na análise crítica e na pesquisa relacionada ao futebol. Continuaremos trabalhando para promover um ambiente futebolístico saudável, justo e igualitário às mulheres.

 

Assinado,

 

Carmen Rial (Coordenadora do INCT - Estudos do Futebol Brasileiro)

Mariane da Silva Pisani (Vice-coordenadora do INCT - Estudos do Futebol Brasileiro)

Caroline Soares de Almeida (Coordenadora da Linha de Pesquisa “Futebóis de Mulheres, de Indígenas, Paralímpico e LGBTQIAPN+” do INCT - Estudos do Futebol Brasileiro)

Silvana Vilodre Goellner (UFPel) 

Claudia Kessler (UFSM)

Mariana Brum (UFPel)

Thaís Rodrigues de Almeida (UFSC)

Lóry da Silveira Ribeiro (UFPel)

Raphaela Xavier de Oliveira Ferro (UFSC)

Sofia Covello da Rocha (UFRGS) 

Fatima Martin Rodrigues Ferreira Antunes (DPHSP)

Laura Bierhals Lemke (UFSC)

Marina de Mattos Dantas (UFMG)

Wagner Xavier de Camargo (Unicamp), Mauro Myskiw (UFRGS)

Francisco Xavier dos Santos (UFPE)

Gustavo Andrada Bandeira (UFRGS)

Antonio Jorge Gonçalves Soares (UFRJ)

Luciano Jahnecka (Udelar)

Cristiano Mezzaroba (UFES)

Daniel Machado da Conceição (SME/PMF)

Juliano Oliveira Pizarro (IFPI)

José Hildo de Oliveira Filho - Universidade Carolina de Praga

Michel Angillo Saad  (UFSC)

Sérgio Settani Giglio (Unicamp)

Maurício Rodrigues Pinto (USP)

Silvio Ricardo da Silva  (UFMG)

Christian Mackedanz (UFPel)

Gustavo da Silva Freitas  (FURG)

Rafael Moreno Castellani (IEE)

Fábio Machado Pinto (UFPel) 

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Nota do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos do Futebol Brasileiro (INCT/CNPq) sobre a contratação de Cuca pelo Corinthians

 

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O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos do Futebol Brasileiro (INCT/CNPq) vem a público manifestar sua preocupação com a contratação do técnico Cuca pelo Sport Club Corinthians Paulista.

Cuca foi condenado por participação no estupro de uma menina de 13 anos em Berna, na Suíça, em 1987. Tal condenação é incompatível com o papel de um treinador, figura pública que deve ser exemplo de conduta ética e respeito aos direitos humanos. 

Entendemos que a contratação de Cuca pelo Corinthians é uma afronta à ética e aos valores que devem orientar o futebol brasileiro. O futebol é um esporte que deve ser praticado com respeito e integridade, tanto dentro quanto fora de campo. 

Além disso, o futebol tem um papel importante na sociedade brasileira e deve ser uma ferramenta para a promoção da igualdade de gênero e do combate à violência contra as mulheres. É inadmissível que um clube de futebol, com a história e a tradição do Corinthians, contrate um técnico condenado por estupro.

O INCT/CNPq se solidariza com todas as pessoas que foram vítimas de violência sexual e reitera a importância do respeito aos direitos humanos e à dignidade das pessoas. Esperamos que o Sport Club Corinthians Paulista reconsidere sua decisão.
Como instituto de pesquisa e estudos do futebol brasileiro, reiteramos nosso compromisso em contribuir para um futebol cada vez mais justo, ético e respeitoso com todos e todas.

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Nota do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos do Futebol Brasileiro (INCT/CNPq) sobre às ofensas racistas sofridas pelo jogador brasileiro Vinicius Jr, durante o jogo do Real Madrid contra o Girona, no dia 25 de abril de 2023.

 

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O INCT Estudos do Futebol Brasileiro vem a público manifestar sua indignação e repúdio às ofensas racistas sofridas pelo jogador brasileiro Vinicius Jr, durante o jogo do Real Madrid contra o Girona, no dia 25 de abril de 2023.

 

É inaceitável que em pleno século XXI, ainda existam atitudes tão repugnantes e discriminatórias no mundo do futebol.

 

Nós, do INCT Estudos do Futebol Brasileiro, exigimos que as autoridades brasileiras se posicionem junto à Federação Espanhola de Futebol, a FIFA e o governo espanhol para que essas ofensas não se repitam. Os torcedores do Girona que o ofenderam devem ser punidos de acordo com a lei espanhola e os jogos em que ocorram ofensas raciais (ou homofóbicas) devem ser imediatamente interrompidos, conforme orientação da FIFA.

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Além disso, é fundamental que nossos representantes diplomáticos na Espanha se pronunciem oficialmente contra esse tipo de comportamento inaceitável e que medidas sejam tomadas para coibir a discriminação racial no futebol.

É importante destacar que essas ofensas têm se repetido diversas vezes nos últimos meses, em praticamente todos os jogos do Real Madrid fora de casa, evidenciando a necessidade urgente de medidas concretas para erradicar o racismo no futebol. É fundamental que as autoridades competentes se mobilizem para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os jogadores, independentemente de sua cor de pele, origem ou orientação sexual.

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Reiteramos que o INCT Estudos do Futebol Brasileiro está ao lado de Vinicius Jr e de todos os jogadores que sofrem discriminação no futebol. O futebol é um esporte universal, que deve ser praticado sem qualquer tipo de preconceito ou discriminação. Acreditamos que a união e a conscientização da sociedade são fundamentais para a erradicação do racismo no futebol e na sociedade como um todo.

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